Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
26 de Abril de 2024
    Adicione tópicos

    Defensoria Pública participa de debate sobre superlotação na delegacia da Criança e do Adolescente de Contagem

    há 6 anos

    Os defensores públicos Marcos Lourenço Capanema de Almeida e Sheila Santos Nunes, em atuação em Contagem, e Maria Auxiliadora Viana Pinto, em atuação na defensoria de direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais, (DPDH) participaram na quarta-feira, dia 20, de audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

    O encontro debateu a superlotação da carceragem da Delegacia da Criança e do Adolescente de Contagem, bem como as condições precárias no local em que os adolescentes cumprem internação, em desacordo com as normas do Estatuto da Criança e do Adolescente e da lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo.

    O defensor público Marcos Lourenço Capanema comparou o Dopcad a uma masmorra medieval, que não deveria ser usada para abrigamento de menores. Disse ainda que a situação ali pode levar o Brasil a ser denunciado e condenado por órgãos internacionais de direitos humanos.

    Entre outros encaminhamentos, Marcos Lourenço sugeriu que os deputados da Comissão de Direitos Humanos visitem a Dopcad, para comprovar, in loco, a situação denunciada na audiência.

    Contagem, município hoje com mais de 600 mil habitantes e um dos maiores índices de criminalidade do país, não tem nenhuma unidade do sistema socioeducativo para acolhimento de menores, somente a delegacia. “No Dopcad os adolescentes são largados, em condições desumanas, expostos a maus-tratos e abusos sexuais, como o que motivou o assassinato do Vítor”, ressaltou o defensor público.

    Segundo ele, a situação da carceragem aliada a outros episódios recorrentes na Delegacia, justificam pedido de indenização para a família de Vítor Carvalho Souza, de 16 anos, morto na Delegacia um dia após ser recolhido, em junho de 2017.

    A defensora pública Maria Auxiliadora Viana Pinto apoiou o pedido de indenização, mas destacou que não há nada que repare a dor da família. Ela também acredita que o sistema superlotado é que promove esse tipo de tragédia. “Todos ali são vulneráveis, todos têm que ser ouvidos, inclusive os agentes que trabalham naquelas condições”, enfatizou.

    Fonte: Ascom/DPMG, com informações da ALMG (22/06/2018)

    • Publicações7681
    • Seguidores46
    Detalhes da publicação
    • Tipo do documentoNotícia
    • Visualizações12
    De onde vêm as informações do Jusbrasil?
    Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/defensoria-publica-participa-de-debate-sobre-superlotacao-na-delegacia-da-crianca-e-do-adolescente-de-contagem/592923730

    0 Comentários

    Faça um comentário construtivo para esse documento.

    Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)